Título: Quem nunca comeu um bombom de olhos fechados?
Autor: Jonas Ribeiro
Ilustradora: Cecília Murgel
Categoria: 1 (estudantes do 1º ao 3º anos do Ensino Fundamental)
Gênero literário: Crônica
Temas: Família, amigos e escola
Componente curricular: Língua Portuguesa
Quem nunca sentiu preguiça de arrumar o quarto?
Quem nunca passou um dia sem tirar o pijama?
Quem nunca ficou um dia sem tomar banho?
Quem nunca acordou e pediu mais cinco minutos de sono?
Quem nunca quis ser o ajudante do dia?
Quem nunca quis ser um passarinho?
Quem nunca desejou conhecer o mar?
Será que eu me conheço de verdade ou ainda posso me surpreender comigo mesmo?
Fazer novas e bonitas descobertas sobre mim?
Será que, no fundo, bem lá no fundo, todas as pessoas se parecem e nós nem somos assim tão diferentes uns dos outros?
Será que eu me conheço de verdade ou ainda posso me surpreender comigo mesmo? Fazer novas e bonitas descobertas sobre mim? Será que, no fundo, bem lá no fundo, todas as pessoas se parecem e nós nem somos assim tão diferentes uns dos outros? Será que é importante eu contar que nasci em São Paulo, no dia 16 de setembro de 1970? Será que preciso escrever aqui que já comi vários bombons de olhos fechados? Será que os leitores pensam que eu sou inteligente só porque escrevi um monte de livros? Será que os leitores imaginam que eu tenho tantas coisas que quero aprender e tantos erros que quero corrigir? Será que os leitores responderão com facilidade a todas as perguntas deste livro? Será mesmo?
Nasci em São Paulo. Descobri cedo que os lápis são varinhas mágicas e servem para criar coisas coloridas e encantadas. Um dia eu cresci e acreditei que desenhar casas e prédios para as pessoas morarem é que era coisa para gente grande fazer com a caixa de lápis. Fui estudar arquitetura e, por 20 anos, desenhei coisas que se constroem com tijolos. Em 2010 decidi para o resto da minha vida que queria desenhar o que de mais sério há para desenhar: sonhos. E quem foi que disse que não se pode ser o que se é? Quando perguntam a minha profissão, eu digo: “Eu? Eu sou uma desenhadora”. E, para os que pensam que existe um mundo de pessoas grandes e outro de pessoas pequenas, eu digo que sou ilustradora.